Bons Tempos
Um dia, revejo minha velha amiga!
Depois de um longo tempo e bastante idosa, eu sei!
Tempo que castigou nossas peles e nos encheu de marcas e histórias!
Um dia, a encontrarei...
E, como duas tolas adolescentes, riremos de nossas vidas de meninas.
Sim, quero encontrar essa minha velha amiga!
Já velhinha e cheia de rugas, com as mãos trêmulas e a voz pausada pela sabedoria dos anos vividos.
Para que tanta pressa agora?
Já não precisamos mais da correria e da falta de fôlego pelas coisas passageiras, fugazes da vida.
Nós duas iremos falar, pausadamente, do que fizemos juntas e daqueles momentos que cada uma viveu quando a vida nos separou.
Minha amiga e eu teremos todas as lembranças vivas e iluminadas pela lucidez da velhice.
Agora, o que lembramos estará pintado pelo arco-íris do saudosismo que o tempo sempre traz.
Seremos felizes por deixar passar de novo pelo coração nossas vidas de meninas-moças...
Ah, e riremos felizes e gostosamente das coisas simples que a vida fez e deixou acontecer em nós.