Bons Tempos

Um dia, revejo minha velha amiga!

Depois de um longo tempo e bastante idosa, eu sei!

Tempo que castigou nossas peles e nos encheu de marcas e histórias!

Um dia, a encontrarei...

E, como duas tolas adolescentes, riremos de nossas vidas de meninas.

Sim, quero encontrar essa minha velha amiga!

Já velhinha e cheia de rugas, com as mãos trêmulas e a voz pausada pela sabedoria dos anos vividos.

Para que tanta pressa agora?

Já não precisamos mais da correria e da falta de fôlego pelas coisas passageiras, fugazes da vida.

Nós duas iremos falar, pausadamente, do que fizemos juntas e daqueles momentos que cada uma viveu quando a vida nos separou.

Minha amiga e eu teremos todas as lembranças vivas e iluminadas pela lucidez da velhice.

Agora, o que lembramos estará pintado pelo arco-íris do saudosismo que o tempo sempre traz.

Seremos felizes por deixar passar de novo pelo coração nossas vidas de meninas-moças...

Ah, e riremos felizes e gostosamente das coisas simples que a vida fez e deixou acontecer em nós.

Luciane Mari Deschamps
Enviado por Luciane Mari Deschamps em 05/03/2012
Reeditado em 09/03/2012
Código do texto: T3537229
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