PESCANDO A SORTE

Tenho pesca sobrando e lhe cedo estes peixes

que vieram nas águas da busca e do sonho,

quando a sina entendeu de premiar o empenho

e lancei a tarrafa no ponto ideal...

Pode ser que seu tempo não seja mais hábil,

sua vida precise bem mais desta mão

que dos falsos conceitos em "aulas" clonadas

de quem acha que nada se deve doar...

Depois dou-lhe apetrechos e beira de rio,

onde a prática intua existir um cardume;

dou-lhe minha destreza na lida e na espera...

No momento me toco de sua emergência

e da séria exigência que a fome nos faz

até sermos capazes de "pescar" a sorte...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 25/07/2007
Código do texto: T579069
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