DELÍRIO

meyre carvalho mey mey

04 09 2008

O peito dispara,

arrítmico.

Bombeia, vara...

corre delirante,

absorto, entregue.

Não sabe mais como parar.

Dissociou limites,

foi à loucura!

E, em meio a tudo, deu risadas

gargalhou apaixonado.

Caiu em lágrimas,

rejeitado...

Foi fundo, foi feio.

Se jogou feito bicho

em desatino!

Implorou,

patas no chão,

rastejante...

Teve o que pedia por piedade,

foi pouco...

O resto, que era mais forte

e lhe saciaria,

passou o resto da vida

sonhando atrás das grades, demente!