Se poeta o sou ;Deusa me é!

 

Se poeta chamas-me deusa minha,

Em  nosso hesitar mente confusa?

Notar teus rabiscos, nos meus continha:

Se orgulhoso, não pedir escusa!

 

Meiguice, leva teu poeta tratar-me!

A lucidez meu penar murmurante!

Quem na imensidão ouviu alarme?

Se, inspiro-me em ti, teu amante!

 

Em vagos caminhos os pensamentos,

Serve-se, do clima ao que semeia

O meu febril, plácido sentimento;

Busca-te em palácio,vagueia!

 

Sofrer: ora na mágoa outra na dor!

Deusa inspiradora, verto lágrimas,

 Mãos dadas inveja, atrito, horror!

Se poeta sou, és deusa: se exprima!

 

Barrinha, 28 de outubro de 2017 14:46

 

 

 

 

 

antonioisraelbruno
Enviado por antonioisraelbruno em 12/10/2008
Reeditado em 28/10/2017
Código do texto: T1224575
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