PREMONIÇÃO

Como se já não bastasse à “engrenagem”

De meu coração ser “configurada“

Para bater em sua homenagem

Você ainda quer meus poemas só para você?

Ah! Isto não está certo e assim não pode ser!

E para mim o que há de haver?

Talvez algumas belas lembranças,

Até onde a mente alcança...

E, isto é muito pouco, pode crer.

Os sentidos por mais aguçados,

Nem sempre são dóceis e açucarados.

E, a premonição, comum na minha idade,

- Disse-me um dia um padre -

É muito falha e causa confusão.

Ele mandou que eu prestasse atenção

Aos avisos do meu coração.

Mas sempre que faço isso, dá tudo errado!

Eu é que de fato me arraso,

E você sempre é quem tem razão!

Oh, mundo doido esse da ilusão!

Ficamos sem saber onde estamos,

Sem saber para onde vamos,

E a mercê do coração.

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