O Amor

Amor é algo puro, que nasce nos corações humildes. Sentir amor é estar envolvido em bruma suave. Amar é enxergar de olhos fechados, é sofrer calado. Ter o amor dentro de si é ter música invadindo todo seu íntimo, é transformar cada momento da vida em ocasiões mágicas, especiais.

Quando se ama o mar é uma gota, o vento uma brisa, tudo é pequeno, pois o amor é grande, é imenso, e toma conta de tudo a seu redor. Amor preenche, cura, satisfaz, sacia, conserta. O amor nos faz dizer não quando se quer dizer sim, nos faz chorar quando queremos sorrir, nos faz fugir quando queremos voltar. O amor nos lembra quando queremos esquecer, cala quando queremos falar, enlouquece quando queremos acalmar. O amor é forte, tão forte que vem sem que se queira, e fica, ainda que não se permita. O amor é verbo que não se conjuga, é sentimento que não se condiciona, é desejo que não se sacia. Amar é estar junto na distância e na saudade. O amor faz valer cada segundo. Amar é deixar de lado as convenções, é encontrar tempo numa vida atribulada, é pensar mesmo quando não se quer, é não se dar conta do passado, e querer apenas viver o presente. O amor nos faz contar estrelas, admirar flores, perseguir borboletas, nos faz cantar, e ver beleza até onde não existe. Estar amando é estar em alfa; é não ter nada, mas ainda assim querer partilhar; é ver razão nas palavras de um louco; é caminhar um passo de cada vez. O amor tem várias definições, mas ainda assim é indefinível. Ao contrário da grande maioria dos sentimentos, o amor não se pode apenas sentir, mas vê-lo também, pois o amor se materializa nas atitudes dos que amam. O amor é sentimento nobre que não vem de lugar algum, mas está em todo lugar. O amor, assim como a alma, cresce, se perfeiçoa, mas nunca morre.

Se o corpo nos torna humanos, é o amor que nos faz divinos.