Ao fim da espera

Se a hora do banquete

vier lauta,

No tempo da espera

não careço

De rogo, aflição

ou desapreço;

Farei uma viagem

de argonauta

em cauda de cometa

ou de estrela

Cadente e redutora

do percurso

ao ponto que o mel

se dá ao urso,

no ventre duma

árvore singela

à presa que é

ponta de estrela

Caída ao acaso

na colméia

do Urso mais bem-quisto

da Ursa Maior,

No átimo de tempo

que esfacela

A vida em uma vida

– meia-vida –,

Na dúvida apagada com amor.

Fabio Daflon
Enviado por Fabio Daflon em 22/12/2008
Reeditado em 09/01/2010
Código do texto: T1347990
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