Ao fim da espera
Se a hora do banquete
vier lauta,
No tempo da espera
não careço
De rogo, aflição
ou desapreço;
Farei uma viagem
de argonauta
em cauda de cometa
ou de estrela
Cadente e redutora
do percurso
ao ponto que o mel
se dá ao urso,
no ventre duma
árvore singela
à presa que é
ponta de estrela
Caída ao acaso
na colméia
do Urso mais bem-quisto
da Ursa Maior,
No átimo de tempo
que esfacela
A vida em uma vida
– meia-vida –,
Na dúvida apagada com amor.