Rosa

Um dia em um jardim florido
Uma rosa se destacou
Foi a única que o cravo
Entre tantas se encantou

Era uma rosa formosa
De cor e perfume sem igual
E assim ele acreditou
Foi Deus que lhe mandou

O cravo perto da rosa chegou
E um beijo dela roubou
A rosa nem se mexeu
Nem com seus espinhos se protegeu

O cravo conquistou a rosa
E por ela se apaixonou
Mas a rosa não se empolgou
Logo do cravo ela enjoou

Um dia o cravo adormecido
Com a rosa ele sonhou
Em viver num lindo jardim
Enfeitado pelo amor

Quando o cravo acordou
E pela rosa procurou
Do seu lado nada sobrou
A rosa dali se mudou

Só ficou um galho seco
Cheio de espinhos
Pra lembrar que ali
Um dia toda prosa
Existiu uma rosa

O galho com espinhos ainda existe
A espetar o coração do cravo
Que de saudade da rosa
Vive sozinho, apaixonado e triste
Pois o amor ainda resiste

Jorge Luiz Vargas
Enviado por Jorge Luiz Vargas em 29/12/2008
Código do texto: T1358304
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