Amor e Saudade em Metafísica

Perdoe-me meu amor...

Insisto em buscar pelo que não existe...

É que não posso medir a dor...

Que bem mais que minha busca, insiste...

Eu o amei na primeira vez que o vi...

E por toda vida passei a amá-lo...

Por ti muitas vezes sorri...

Tantas vezes desejei beijá-lo...

Perdoe-me se busquei em outros rostos,

Algo semelhante a sua grandiosidade...

Mas sua ausência causou-me desgostos...

Trocaste-me pela Eternidade...

Cansei de enganar-me tanto assim...

De nossos desencontros fiquei tão cansada...

Eu sei que buscavas por mim...

Eu sempre fui tua amada...

Mas o vazio que deixou é enorme...

E por eras perdi-me de ti, amor...

Perdemo-nos em aparências multiformes...

Só restou daquele beijo o sabor...

Quase o mal que o levou me arrebata...

E por um instante não sabia se ia ou ficava...

Pois me leva a saudade que me mata...

Prende-me a vida que cantava...

Quem terá o timbre de tua voz?

Quem a cítara abraçará e cantará as venturas?

Separados por esta divisa invisível... Sós...

Eu nesta terra baixa e tu nas alturas...

Eu fui meu maior enganador...

Pois fingi encontrar em outro o que ninguém pode ser...

Ninguém poderá ser meu grande amor...

A não ser que tu voltes a viver!

São Paulo, 02 de Fevereiro de 2009.

Shimada Coelho A Alma Nua
Enviado por Shimada Coelho A Alma Nua em 02/02/2009
Código do texto: T1418382
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