“ROSTO DIVINAL”.
   
 
 
Há quanto tempo sem ver-te
Não esqueci o rosto teu...
Todos os dias eu sonhei
Os teus retratos eu beijei
E sei que beijava os meus.
Nos meus sonhos eu te chamava
Você só me observava
Sem nada pronunciar...
Quando no sonho eu te beijava
Não sei por que o castigo
O sonho ali terminava,
Deitado ali às escuras
Entre angustias e amarguras
Entre lembrança e saudade;
Eis que aqui agora eu cheguei
Momento que tanto ansiei
Beijar tua boca e tua face.
Quantos beijos foram cortados
Pelo silencio malvado
Quando do sonho acordei...
Quantas madrugadas frias
Em que, só no sonho eu a via,
Só então podia te amar;
Chegou o dia afinal...
Que o teu rosto divinal
Enfim eu posso beijar.