Unguento
 
Hoje meu coração doeu
E precisou de unguento
Para resistir as suas batidas
Desordenadas tal forte vento.
 
E você me tomou nos braços
Como sedativo para a dor
E, no meu encalço
Aliviou todo o dissabor.
 
O silêncio que só dor traduz
Quebrou-se com o seu cuidado
Surgiram momentos de luz
Para meu ser atribulado.
 
Você foi suave unguento...
Que fez cessar o pranto
Que secou a face com o vento
Do seu sopro santo.