Amar, amar, entregar-me perdidamente!
Saibas que não quero ninguém,
Amei demais aquele, outro, tanta gente!
Creio que amei sempre o amor, muito além!
Os vultos? Foram-me indiferentes.
Hoje estou aqui, entre o mal e o bem.
Não sei se continuo mentindo,
Fingindo amar também
Ou se calo o que estou sentindo.
Amar, amar, entregar-me perdidamente!
Trazer primavera para minha vida
Fingir amar durante a vida inteira
Cantar a vida com melodia não verdadeira.
Tudo me parece tão indiferente,
Confusa já nem sei para quem minto.
Até que gostaria de prender-me em alguém,
Ou o meu verso, sem pudor, mente também?