Morrer de tanto amar...

Uma chaga sangrenta do espinho,

Faz a rosa perder a roupagem,

Tornando apenas um reflexo

Perdido na ramagem...

Quem és tu? Pergunto desnorteada.

Sei lá quem sou?! Desfolhada... uma miragem!

Ou é a rosa o sonho de alguém?

Ou sei lá quem!

Mas por baixo da couraça,

Persiste uma rosa a desabrochar.

Menina para fazer pirraça,

Mulher para morrer de tanto amar...

Rosa que sabe ser prosa,

Rosa mulher e ardente,

Rosa chora de prazer

Rosa com a dor tornou-se GENTE.