Eu lhe proponho um sonho...

Eu lhe proponho um sonho...

Sonho este que não se finde num nascer do sol,

Mas que perpasse por toda vida

Plantando sorrisos e sanando feridas.

Eu lhe proponho um sonho...

Sonho este com fadas e castelos,

Com beijos ao pôr-do-sol e sonetos de amor,

Com meninas dançando e meninos sorrindo;

Eu quero um sonho que seja maior que o próprio sonho.

Eu lhe proponho um sonho...

Sonho este que lhe complete sem lhe encher,

Que lhe arranque sorrisos, mas que saiba

Compreender os versos de tuas lágrimas quando elas vierem;

Sonho que não pare no acostamento dos medos,

Mas vá pelas pistas da felicidade correndo sem destino.

Eu lhe proponho um sonho...

Sonho este que lhe faça menina,

Que lhe faça adulta e ajude a envelhecer,

Sem contrair as rugas do arrependimento

E o desejo permanente de não ser mais nada.

Se quiseres viver comigo esse sonho,

Se quiseres realmente beber de minha loucura juvenil,

Vista seu melhor vestido e dê-me tua mão que conforta;

Rasgue todo o seu passado e, com um novo rosto,

Venha sorrir sem motivo ao meu lado.

Se quiseres, de verdade, devanear comigo,

Coloque seus medos em uma caixa e arremesse-os ao mar.

Re-aprenda a amar o simples e compreenda meu amor sem riquezas.

Deteriore seus preconceitos e reavive sua alma de criança;

Eu quero viver um sonho com gosto de manhã de domingo.

Agora, se teus medos forem maiores que meus sonhos,

Desejo infinitamente que possa viver sem grandes perdas.

Desejo, do fundo da alma, que alguém possa compreender

Seus caprichos e absorver a magia de um simples toque seu.

Se não puderes habitar meus sonhos, desejo que viva outros;

E vivendo estes, com a mesma intensidade,

Carregue em seu semblante um amor supremo pela vida

E um contemplar poético frente à linguagem da natureza.

Pois assim, quando as cortinas de sua vida baixarem,

Leve consigo a certeza de que tudo valeu a pena.

Quando as sirenes de uma nova existência ecoarem na escuridão,

Seu sorriso permaneça intacto diante das incertezas

E que seus passos sejam leves nos salões do infinito.

Roniel Oliveira
Enviado por Roniel Oliveira em 18/06/2006
Código do texto: T178036
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