TECLANDO
Devagarinho
fui deixando
que entrasses no meu peito.
Agora...
quero tirar-te
mas dói.
Gostei do teu jeito,
da tua maneira de falar,
teclar...
Precisei do teu ombro,
e tu deixaste
que me apoiasse,
que desabafasse.
E sem que desse por isso
colei-me a ti.
Agora!
Não consigo adormecer
sem te ver.
Preciso do teu abraço
do teu apoio
do teu ombro.
Preciso de sentir-te,
saber que estás desse lado,
teclando...
para mim olhando
e...
sorrindo.
Maria Custódia Pereira