Eu Pecador

Eu Pecador me confesso a Ti, Senhor,

Pois que amo!

E neste amor não há arrependimento.

E vou cada vez mais profundo

Em tudo o que puder tirar desse momento!

Eu Pecador Te confesso, Senhor,

Que no amar não sei ouvir palpites.

Não sigo preceitos.

Derrubo tabús, preconceitos,

E vou além de todos os limites.

Eu Pecador, Senhor, se estou carente,

Não meço espaços,

Não nego abraços,

Não poupo carícias!...

E me entrego por inteiro ao meu calor,

E me sinto prisioneiro desse amor

De mil malícias!!!

Eu Pecador, quando amo,

Não me permito reservas,

Nem recato que impeça o amor

De aflorar à pele, de fazer-se alimento

Em função do pudor...

Nem me permito furtar-me

Ao tormento que poderá sobrevir

Quando todo esse momento deixar de existir.

Eu Pecador me entrego a ti, despido,

Mercê de Tuas penas, posto que assim me expresso!

E se morrer de amor me for tão grande crime,

Oh, Deus! Tudo isto que Te digo

Ainda tem sentido!...

Eu Pecador me declaro, Senhor, Teu réu-confesso!

Sou culpado, mas amo a minha verdade:

Vou seguir pecando,

Vou seguir amando

No tempo que me deixares,

Ou por toda a eternidade!

Luiz Roberto Bodstein
Enviado por Luiz Roberto Bodstein em 28/06/2006
Reeditado em 13/02/2012
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