Nesta Data

Ainda do mundo a criança é o futuro,
Conhecido há décadas e dizeres o mesmo,
Só quem a vida tem e em dados obscuros,
Traduzindo linguagem fúnebre fala a esmo.

E em dia que nascimento meu comemoro,
Data que encontrada imagem dita, a sorte
Ainda que cansado ao mourão me escore
Na presteza amável da Aparecida do Norte.

Meu irmão que há tempos remotos deixara
A mão do mundo foi-lhe ingrata torturando;
Nas mãos de covardes sem abater-se ficara
Trocado por ladrões na morte o foi levando.

Maria que desde o nascimento de Cristo,
Nome amado em que na sua sensatez
Deixara ao mundo em cruel imprevisto
Ao Filho seu,que pai do mundo honradez!

Maria sofreu tanto e amargurada, ao deleite,
Balançou nos braços meu irmão e teu também,
Pois ela te tem por filho e por sua mãe a aceite
Tomando por irmão quem apenas te quer bem.

Pai! Necessitado de ti e se me valha à morte
De ir ao Pai socorro pedir é um direito meu;
Em teus braços não me canso e te faço forte!
Tendo por mim orgulho sendo eu um plebeu.

Mas envolto aos pobres quando na tua passagem,
Carregando se fez condenado por amor prestar:
Abençoa-me Pai, junto à mãe de divino bem...
Na data honrosa de mais velho ficar
em criança tornar!

BARRINHA, 12 DE OUTUBRO DE 2009-10-12

antonioisraelbruno
Enviado por antonioisraelbruno em 11/10/2009
Reeditado em 14/10/2009
Código do texto: T1859546
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