JANELA ABERTA

Quantas vezes busquei as estrelas,
Na visão imaginária do teu sentimento,
Quantas suplicas elas testemunharam,
Mas sem resposta, ficava só o silêncio.

Haviam dias em que a poesia amargurada,
Ensinuava-se sobre o papel  amarelado,
Mostrando a  janela aberta do meu coração.
Que aos poucos perdia-se no tempo e na solidão.

Rasguei versos, destrui lembranças,
E de mentiras posicionei-me na vida,
Guardando na minha triste saudade,
Ainda, um resquísio de esperança.

Tantas vezes temi ver no horizonte,
Apenas a tristeza ao meu dispor,
Refletindo a distância do nosso amor,
E destruindo de vez os meus sonhos.

Sobrevivi a duras noites sem as estrelas,
Minhas únicas e irreais confidentes,
Que nunca puderam me confortar,
Tão pouco questionar meus sentimentos.

Mas, o vento mudou a direção das nuvens negras,
E o que estava escrito as estrelas reacenderam,
Teus olhos finalmente puderam perceber,
A janela do meu coração puro, mais verdadeiro,
E que apesar de ainda estarmos tão distantes,
Te fita com amor e a alma, através das estrelas.


Sônia Ferraz /SereiaSP - 25/10/09 - 19:30 hs