Hoje esvaziei a minha alma...

Hoje esvaziei-me de mim...

Tornei-me etérea e silente...

Chorei a última lágrima

E sorri...

Aceitei o imponderável

E não mais me lamentei...

Não coloquei máscaras.

Empalideci e não escondi a palidez com maquiagem.

Sentei-me à cadeira de balanço

E uma enorme Paz me invadiu...

-Meus olhos vêm o Nada.

E como é belo ver o Nada desfocado!...-

Fechei meus olhos

E me deixei levar

Ouvindo o farfalhar das folhas

Que já começaram a mudar suas cores

Com a proximidade do Outono...

Estou leve.

-Saí de mim...

Fui buscar talvez a criança escondida,

Ou a velha em que um dia me irei tornar...

Aceitei... Sem lutar...

Flutuei...

Completamente vazia

Ouvi vozes melodiosas

E uma música doce tomou conta de mim...

Não luto mais.

Nem espero que o passado retorne.

Abro-me ao novo.

Aguardo qualquer coisa que virá...

Estou em Paz:

Nada espero.

Sou feliz...

ESPERANÇA
Enviado por ESPERANÇA em 17/03/2010
Código do texto: T2144094
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