CONFISSÕES

Abro minhas páginas de segredos,

um piano inspirador começa a tocar,

é a ópera de Orfêu e Eurídice,

a preferida dos meus devaneios.

Então começo a me confessar:

confesso a ti o meu ciúme.

Ciúme da brisa que te toca de leve.

Ciúme do teus lençóis que te confortam no frio da madrugada.

Ciúme do sol que invade teu quarto te dando o bom dia que eu queria te dar.

Confesso que tenho ciúme dos pássaros que cantam pra ti meu amado, toda manhã um canto que deveria ser o meu.

Confesso também a minha inveja.

Tenho inveja do céu que todos os dias tu contemplas,

e eu tenho apenas poucos instantes de contemplação.

Tenho inveja dos seus livros, ali parados e você escolhendo, tocando um por um pra saber qual vai ler.

Como eu queria ser um daqueles livros, mas o preferido pra você me ler inteira e me consumir página por página inúmeras vezes assim como faz com os de poesia.

E por fim confesso a minha doença.

Sofro de algum tipo de carência profunda, adquirida há um longo tempo, algum tipo não diagnosticado que me leva ao um fim todas as tardes.

Eu sofro de algum mal de saudade, uma tortura masoquista.

Como disse um poeta amigo meu: "A saudade é para o amor o que o vento é para o fogo."

Mas ainda há um segredo a ser confessado:

EU TE AMO COM A FORÇA QUE FOI CRIADO TODO ESSE UNIVERSO QUE TU CONTEMPLAS AMADO MEU!!!

P.S. A frase que citei logo a cima é de um poeta amigo meu e do recanto que usa o pseudônimo: ARAMIS.

vivi star
Enviado por vivi star em 22/04/2010
Reeditado em 22/04/2010
Código do texto: T2212802