Nós Ontem. Eu hoje.
Ontem eu te queria mais que a própria vida;
Hoje eu requeiro meus pulmões de voltas, linhas e tangentes.
Amanhã, amanhã ainda está longe pra pensar,
São vinte e tantas ternas horas.
Deixa-me curtir o hoje nas batidas desse peito;
Menino, levado e sem juízo, nas ações desta loucura boa.
Deixe-me. Deixe-me. Uma pausa de cuidados tenho;
Congelam-se as lágrimas da face e ardem-me as janelas d'alma;
Ontem eu te queria mais a própria vida;
Hoje eu aprendo a respirar. Hoje eu aprendo o meu lugar;
Um dia você acorda. Certamente, tarde mais pra notar que
Quem perde a nós, por fim, jamais encontrará o eu.