ENQUANTO EU PUDER

Enquanto eu puder,
Estarei bem ao teu lado,
Observando o bilho da lua,
Nos teus olhos eternos,
Terei este vento no rosto,
Numa suave brisa primaveril,
Pois, é tudo que me resta,
Dos sonhos insistentes,
Que venceram tantas estações,
O que poderia lhe dizer deste amor ?
Deste, que sinto arder todos os dias,
Que esta estampado em meu olhar,
Numa lembrança sem fim.
Bem mais do que qualquer outra coisa.
Mas você parece não compreender,
Nem meus versos, nem minhas suplicas,
Não tenho provas para apresentar,
Há não ser o meu olhar e estas lágrimas,
Que acalmam a minha dor e essa distância,
Mas não pode vê-las,
Nem pode tocá-las,
Não pode senti-las num beijo,
Nem enxugá-las na minha face,
Então como poderia querer que as aceite,
Jamais pensei amar assim.
Nem tão pouco perder-me com as letras,
Já não sei o que se passa ,
Só vejo angustia nesta estrada,
Proferida no silencio de um laudo desumano,
Aos poucos sinto-me ir para outro plano,
Sem direito algum de contestar...mas ainda assim luto,
Mas se o tempo minha força destruir,
E se um dia me permitirem voltar,
Por um minuto ao menos que seja,
Creia, tu saberás e sentirás,
A suavidade destas lágrimas de amor ...


Sônia Maria Ferraz - 26/10/03

" eternamente vou te amar"
Sonia Ferraz
Enviado por Sonia Ferraz em 13/09/2006
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