Último anjo

“Não me venha torturar de novo

Com essa força esmagadora

Que já me fez moribundo

Naquela alcova que há pouco saí

Ainda modesto do que aprendi

Com loucuras de amor que vivi

Me permitir à sarjeta é aceitar

O dom de ser fraco

E eu não sou

Vaza dor desse peito

Fatigado das sentenças de solidão

Te expulso desse coração

Chuto tua ousadia de atravessar-me

Com minha concessão

Licença,

Sofrimento

Em mim, vai ao chão

Desse bem-mal

Eu manjo

E já sei que não és

E nem serás

O meu

Último anjo”

Rogê Luar
Enviado por Rogê Luar em 18/01/2011
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