MENSAGEM A UM ANJO DE VERDADE

Não digas que ficarás mal acostumada

Com os meus carinhos.

Valho tão pouco que

Não vale a pena tu te acostumares

Com o pouco que te ofereço.

Só posso te oferecer palavras

E estas até o mais estúpido dos homens

Possui para oferecer-te.

Portanto, mesmo o pouco que te ofereço

É tão comum, que certamente

Haverá outras ofertas mais valiosas

Que te poderão oferecer e te

Seduzirão mais do que as minhas.

Se te faço bem, fico feliz e realizado.

Dá-me prazer fazer-te bem.

Meu prazer está no teu prazer.

Se não estivesse tão distante,

Dar-te-ia uma flor.

A primeira que encontrasse no jardim.

Podia não ser uma rosa de floricultura,

Bem cuidada e bem bonita.

Mas, certamente, em cada pétala haveria

Um pouco de mim, para que tu guardasses

Em teu livro de cabeceira

E eu pudesse, assim, dormir ao teu lado,

Quietinho, junto das palavras escritas

No livro da tua predileção.

Até que um dia, já ressecadas e esquecidas

De quem t'as deu, tu as jogasses fora e,

Sem que soubesses, não me verias

Impregnado, amarelado, nas páginas do livro

Da tua vida.

Teu beijo foi aceito

Porque beijo de uma mulher plena

Não se evita, pelo contrário, se exibe

Quando se vai prestar contas ao Criador:

"Vês este beijo, Deus?

Foi me dado por um dos Teus anjos.

Permita que eu entre no Paraíso,

Que eu o procure e devolva este beijo.

Pertence a um dos Teus mensageiros do amor".

Paulo Sergio Medeiros Carneiro
Enviado por Paulo Sergio Medeiros Carneiro em 24/11/2006
Reeditado em 21/12/2006
Código do texto: T299665
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