Sucumbem As Estrelas


Repouso forçado, abandona-se o corpo ao sono
Desvelado viver pontilhado de dores, abandono
Vez ou outra, parcos sonhos em preto e branco
Amareladas camélias, morte  dos lírios brancos


Rotinas diárias desenhadas no vazio do abandono
Espinhosas lembranças cravam o coração insano
Cortejo de melancolia reverenciando o passado
Densas trevas  revolvem os  sonhos inacabados


Acomodada existência no viver por quase nada
Experimenta o silêncio acústico na madrugada
Eternos segundos  a registrar vidas apagadas


Amanhece a saudade de mãos com a melancolia
Expulsa sem compaixão as rosas da felicidade
Sucumbem estrelas diante da triste realidade.

(Ana Stoppa)


Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 28/07/2011
Reeditado em 28/07/2011
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