QUEIMA DE AMOR

Sempre achei um caminho pra sair do poço,

Nunca fui de morrer sem chegar minha vez,

Sou de achar que até dez é demais pra contar

Sem cuspir o caroço e digerir a fruta...

Porque todos os dias trazem vida nova;

Sei achar este prisma na cara das horas;

Minha prova diária de que ainda vivo

É sonhar entre as farpas dos meus pesadelos...

Tenho em mente os trejeitos de partida e volta,

Pra minh´alma sair como entrou nos afetos,

Quando a vida se solta e sai da fantasia...

Já conheço este coma e sei ler nosso amor

Desta forma invertida com que acaba em Roma,

Para mais um romance queimar no passado...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 05/03/2012
Código do texto: T3536913
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