LOUCURA

O teu nome é a flor que emana

O perfume de um santo vergel.

Um quasar pulsando na noite

Na janela entreaberta do céu.

Teu sorriso é a lábia inocente,

Gota pingente dum favo de mel.

Um arcanjo que plana absorto,

Uma luz semi-oculta num véu.

Tuas madeixas são um manto escuro

A proteger teus ombros morenos.

Mas, deixa velar os teus seios

Que aparecem formosos e plenos.

E se é loucura esse corpo moreno,

Formoso, pequeno que vejo passar!

O que seria se um beijo roubado

Dos teus lábios pudesse eu lograr?

Meus cigarros espiralam teu rosto

No desgarro do fumo azulado.

Que se perde na luz do abajur

E perpetua-se em meus olhos parados.

Jal abril de 2012

José Alberto Lopes
Enviado por José Alberto Lopes em 26/04/2012
Código do texto: T3634837