LOUCURA
O teu nome é a flor que emana
O perfume de um santo vergel.
Um quasar pulsando na noite
Na janela entreaberta do céu.
Teu sorriso é a lábia inocente,
Gota pingente dum favo de mel.
Um arcanjo que plana absorto,
Uma luz semi-oculta num véu.
Tuas madeixas são um manto escuro
A proteger teus ombros morenos.
Mas, deixa velar os teus seios
Que aparecem formosos e plenos.
E se é loucura esse corpo moreno,
Formoso, pequeno que vejo passar!
O que seria se um beijo roubado
Dos teus lábios pudesse eu lograr?
Meus cigarros espiralam teu rosto
No desgarro do fumo azulado.
Que se perde na luz do abajur
E perpetua-se em meus olhos parados.
Jal abril de 2012