HUMORES DE AMOR

Faz de conta que a conta já foi paga;

saberei mastigar teu faz-de-conta;

minha dor te perdoa desta forma

sem doar ou doer; sem ser perdão...

É que o vício maior de sermos nossos

rói os ossos, corrói a sensatez,

cria leis que nos prendem sem julgar

se cabemos em nós depois de tudo...

És meu conto, sou teu, conto com isto

e não faço desconto ao me render

por bem mais do que valho para ti...

Ou me deixo perder nos teus valores

duvidosos, falsários e carentes

dos humores voláteis deste amor...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 27/08/2012
Código do texto: T3851601
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