13 de agosto 2005
De madrugada, em frente ao espelho
meus olhos amêndoa ficam claros
No reflexo do meu rosto eu vejo você
presente em tudo que o meu medo vê
...fico pensando se é amor,
mas pensar pra quê...
Quero me enxergar nos teus olhos
que agora fogem
E eu continuo sem saber
Quero beijar a tua boca
que sempre e hoje é tão minha
E eu continuo sem saber
Não quero você indo sem dizer se volta
mas você sempre volta
E eu continuo sem saber
...e o que vejo novamente:
Uma dor tão grande que chora sem franzir o rosto
e a lágrima se desprende como se fosse natural
e fizesse parte de ti.
Um amor tão grande que tem medo de não aguentar
então se esconde e sempre volta como se não tivesse ido embora
e me toca como se eu fosse sua
O verde dos teus olhos segue iluminando a madrugada
como se a lua não estivesse presente
E eu vou entortando a minha estrada
entulhada dos destroços de tudo o que foi quando estive ausente