Um vôo cego de saudade
Meu pensamento, hoje, amanheceu rebelado.
A claridade do dia que nascendo estava,
Sequer,fazia parte do meu quarto,
Quando assutada ví que, o pensamento voava.
Tentei desesperadamente, conter o teimoso.
Porém do meu controle, o astuto fugava...
Ganhou um espaço, iminentemente perigoso.
E, entre apressado e ansioso,
Seu voo, para longe, alçava!
Impotente, me acho na zona de turbulência,
Onde guardo belas lembranças antigas.
E, meu sofrido coração,tem consciência
De que, alimento esperanças perdidas.
Em voos rasantes , pela cidade do passado
O pensamento cortando os ares, vai te buscar.
E, aquela noite fria de julho, foi nos encontrar
De mãos dadas, o amor e o momento mágico!
No encanto daquela noite de manso amor,
Estrelas, iluminavam nossa felicidade...
Agora, para estancar desse peito tanta dor
E não morrer, assim, aos poucos, de saudade,
Nesta cidade encantada eu vou ficar
Pelo tempo, que o próprio tempo, marcar.