RESPONDENDO COM AS PALAVRAS

Não posso apenas mirar estrelas,
Se o sol me chega todos os dias,
Não posso apenas admirar os rios,
Se o mar é quem mais me fascina,
Não posso viver só de poesias,
Se os gestos e o amor não existirem,
Pois as palavras podem ficar invisíveis,
Em versos que teimamos em guardar,
Como os gestos que não ousamos doar.
Posso recriar e expressar os meus gestos,
Mas, posso não entender uma poesia.
Tão perigoso quanto viver uma paixão,
É se arrepender em não vivê-la.
Assim como conseqüente ler as palavras,
E não ter certeza se deveríamos lê-las,
Quando nem nos foi dado saber,
Se foram para nós dirigidas.
Como estas que leio e respondo agora.
Quero escrever versos de amor,
Mas não vou criar um amor pros meus versos,
Antes fazer versos a natureza,
Do que versar ou sofrer uma paixão inexistente.
Não posso dizer "eu te amo"
Sem que por mim eu não sinta o mesmo.
Então, se te crio versos deste meu amor,
É porque de alguma maneira eu te vejo,
Dentro da alma...dentro do peito,
De alguma maneira eu te enxergo lá,
E é assim que posso e quero nos espelhar,
E só assim que poderei contigo comungar,
Se for nos gestos verdadeiros de um carinho.
Ou nos versos que possas me ofertar.
Com palavras que possam o amor expressar,
Num simples mas sincero ...poema teu
21/07/03
Sonia Ferraz
Enviado por Sonia Ferraz em 22/08/2005
Reeditado em 02/11/2013
Código do texto: T44365
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