Tédio

Ah! Essas horas tortas

Em que o Tempo para

E a Ampulheta quebra...

Ah! Essas luas baças

Que tão só refletem

Olhos marejados...

Ah! Esse abafamento

Que precede a chuva

No final do Outono...

... E o Poeta em pausa

Sem amanhecer

Ou anoitecer.

Silêncios ruidosos

Águas secas

E tão frio sofrer...

Ah! Esse amolecimento

Que nos mata a fome

De querer viver...

Nessas horas tortas

De indiferença e tédio

Quero eu morrer...

ESPERANÇA
Enviado por ESPERANÇA em 02/09/2013
Código do texto: T4463795
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