UMA JANELA PARA A ILUSÃO

Não existem mais versos dedicados,
Nem versos que hoje aproximam-se,
Dos inúmeros versos que me criou.
E assim você foi me conquistando.
Então aos poucos, fui te amando,
E criando a vontade de te pertencer.
Criei sonhos, criei fantasias,
Criei alegrias e tanta esperança,
Criei um lindo e sublime sentimento,
Que só dentro de mim foi crescendo.
Mas hoje, não quero mais criar passagem,
Agora sei que criei apenas uma miragem,
E na ânsia de viver a emoção de um abraço,
Descobri ser apenas o que deveria ter esperado.
Nem mesmo sinto que tenho coragem.
De mostrar o vazio que aqui na alma ficou,
Ao ver que o que foi nutrido nada significou,
Não era o homem que me sentia,
Era apenas o poeta que me escrevia,
Vivi analisando palavras e não os gestos,
Que pena ter acreditado que isso era amor,
E descobrir hoje que haviam outras janelas,
Que tudo eram apenas versos...nada mais,
Para o poeta espalhar seu encanto,
Que desencanto causou-me saber,
Que eu fui tão somente mais uma musa...
dentro de você .


Serei@SP - 08/08/03
 
Sonia Ferraz
Enviado por Sonia Ferraz em 25/08/2005
Reeditado em 27/08/2013
Código do texto: T45128
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