Doce blasfêmia
 
Deixe-me mostar meu castelo dos sonhos do lado de cá. Passagens secretas que vão te levar aos jardins coloridos que existem por lá.
Dei-me te contar histórias bonitas do meu lugar. De um sonho esquecido no céu a vagar. Do amanhã que tu, Roberto, tens medo de não chegar.
Deixe-me te persuadir a me contar tuas verdades que quero descobrir. Que escondem desejos tentando impedir. Que desperta o caminho para onde quero ir.
Deixe-me em ti dormir. Sem sorrisos calados e nada a esconder. Sem os olhos parados sem ver. E te dar a minha ternura para se cobrir...
Deixe-me lamentar de todos os séculos que fiquei sem te afagar. Sem sentir teu cheiro, cantar e te olhar. Sem colher teus devaneios nem neles estar.
Deixe-me suplicar as sobras do vento que vem te refrescar. Se em uma noite em mim não pensar, e tiver os olhos em outro lugar.
Deixe-me blasfesmar se um dia desses eu aqui precisar. Se por um labirinto me equivocar, e depois teu indulto tiver que implorar, Roberto, querido anjo meu. 
Deixe-me te querer, dar-te o que sempre aspirou. No meu coração poder te aquecer, e libertar-me da blasfêmia que acorrenta, pois minha blasfêmia é sempre implorar teu carinho... Quando tu me fizeste te conhecer, fiz para ti das palavras, aproximação, para amenisar a distância dos dias...
Te beijo!
Isa

 
Isabel Rufael
Enviado por RG em 23/10/2013
Reeditado em 23/10/2013
Código do texto: T4538133
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