OUTONO DE SOLIDÃO

Ao som dos ventos um triste lamento,

Uma poesia extensa que pede presença,

Que implora apenas por um simples olhar,

Das folhas dispersas das árvores quase nuas,

Outono de intensa saudade e noites vazias,

Na madrugada buscando estrelas ausentes,

A luz do luar onde um grande amor ficou marcado.

A rua esta deserta, sem sequer uma leve brisa,

Segue então na direção ao que chama de lar,

A casa esta vazia, de versos e de amor,

Mil pensamentos se perdem pelo ar,

Enquanto a solidão se instala devagar,

Tudo é ausência, tudo é muita saudade,

Angustia por um passado tão presente,

Não há vozes, nem música que agrade,

O silencio é tudo que agora preenche,

Para que as recordações possam voltar,

Desfila então pelo teto a feição querida,

Que mostra um sorriso tão intenso,

Que os pensamentos criam som e vida,

Sentindo assim no rosto, conhecidas mãos,

No afago de um adormecer com os anjos,

O vento propaga a vida que lá fora segue,

Além das paredes daquela casa esquecida,

Daquela alma que no silêncio adormece,

Com o coração aos gritos, desejando sonhar,

Que em breve haverá de reencontrar,

O doce e eterno amor de sua vida.

24/08/03 - Sônia Ferraz - Serei@SP

Sonia Ferraz
Enviado por Sonia Ferraz em 29/08/2005
Reeditado em 27/08/2017
Código do texto: T46028
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