Jornada

Tão calorosamente sobre a cama,

pela janela aberta da morada,

o leite da aurora se derrama

a iluminar corpo da namorada.

E a forma o sabor o cheiro e o tato

ainda sonolentos são olhados,

como se novidade fosse o fato

do brilho em meus olhos orvalhados

se abrir entre os cílios e o silêncio.

Ela dorme, eu quem sonho ao revê-la

respirar calmamente seminua;

o ar vem saciar o meu vazio.

Foi bastante o amor: iço a vela:

vou navegar até subir a Lua.

Fabio Daflon
Enviado por Fabio Daflon em 07/12/2013
Código do texto: T4602994
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