CALE-SE

Cale-se

Da minha sina,

Nada sabes,

Nem tão pouco,

Desta imensa ferida,

São estes teus lábios,

Que um dia mentiram aos meus.

Cale-se

E guarde esse beijo,

Que tanto ansiei,

Junto as tuas palavras,

Contendo verdades.

Cale-se

Não vês que estou morrendo,

Dia a dia com todo esse desprezo,

E que o único remédio a minha alma,

São aqueles versos do passado,

Que em desespero ainda releio.

Cale-se

E deixe que eu te esqueça,

Nesta noite escura sem a lua,

Sem aquela nossa estrela,

Sem este amor que dizes sentir,

Mas que agora só me mostras,

Que jamais existiu.

Sonia Ferraz
Enviado por Sonia Ferraz em 06/09/2005
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