Segredos...

Lavraste o tempo, plantaste o amor

Plantaste uma casa repleta de sol.

A vida se vive de pequenas árias

Como cantam as cigarras desde o arrebol.

A ilharga da lua descansa no cume

da límpida casa na noite sem fim.

É a mesma lua sobre o meu tatame

onde finjo existir dentro de mim!

A vida se vive de viver amando

O tempo vive de viver correndo!

O segredo vive de morrer de medo,

de vigílias inúteis, ramas fracas morrendo!

A vida convida aos mistérios da vida!

Segredos vivem sempre a instigar...

Habitam também o peito dum poeta,

e nas penatífidas sonoras dum Butiá!

Nota: Butiá, palmeira do gênero Butia.

agosto./01

JAL

José Alberto Lopes
Enviado por José Alberto Lopes em 02/08/2014
Reeditado em 02/08/2014
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