Segredos...
Lavraste o tempo, plantaste o amor
Plantaste uma casa repleta de sol.
A vida se vive de pequenas árias
Como cantam as cigarras desde o arrebol.
A ilharga da lua descansa no cume
da límpida casa na noite sem fim.
É a mesma lua sobre o meu tatame
onde finjo existir dentro de mim!
A vida se vive de viver amando
O tempo vive de viver correndo!
O segredo vive de morrer de medo,
de vigílias inúteis, ramas fracas morrendo!
A vida convida aos mistérios da vida!
Segredos vivem sempre a instigar...
Habitam também o peito dum poeta,
e nas penatífidas sonoras dum Butiá!
Nota: Butiá, palmeira do gênero Butia.
agosto./01
JAL