Ciúmes
Desde os tempos imemoriáveis
Ele se faz presente
Na mente dos seres que sentem
Expressa-se de diversas formas
Dói e dilacera as almas
Encanta e desencanta
Faz crescer e decrescer
Os amores esplendorosos
Que os homens desperdiçam
Otelo cego de amor
Não viu maldade em Iago
Que usando-se do ciúme
O maior dos tormentos
Para os corações que amam
Plantou a desconfiança
E viu nascer a morte
Pobre Desdêmona
Injustiçada caiu aos pés
Do seu amor
Que só pode levar
Culpas a lamentar
Ciúmes são bons e ruins
Significa amor e doença
Atormenta e acalenta
Ciúmes meus
Ciúmes seus
Dão força ao amor
Que cresce
Alimentado pelo prana das fadas
E regado pelo ciúme regenerador
Provando a existência
Do cuidar bem
Do que é seu
Mantendo a unidade
Presença única
Do nosso amor