Ciúmes

Desde os tempos imemoriáveis

Ele se faz presente

Na mente dos seres que sentem

Expressa-se de diversas formas

Dói e dilacera as almas

Encanta e desencanta

Faz crescer e decrescer

Os amores esplendorosos

Que os homens desperdiçam

Otelo cego de amor

Não viu maldade em Iago

Que usando-se do ciúme

O maior dos tormentos

Para os corações que amam

Plantou a desconfiança

E viu nascer a morte

Pobre Desdêmona

Injustiçada caiu aos pés

Do seu amor

Que só pode levar

Culpas a lamentar

Ciúmes são bons e ruins

Significa amor e doença

Atormenta e acalenta

Ciúmes meus

Ciúmes seus

Dão força ao amor

Que cresce

Alimentado pelo prana das fadas

E regado pelo ciúme regenerador

Provando a existência

Do cuidar bem

Do que é seu

Mantendo a unidade

Presença única

Do nosso amor

Alíria Branca
Enviado por Alíria Branca em 20/05/2007
Reeditado em 20/05/2007
Código do texto: T493939