As sujeiras das ruas

As sujeiras das ruas

17 3 e 4 2007

Vou trazendo as sujeiras da ruas

No meu umbigo

Tudo que me jogavas aos colos

E estranhos eu fazia

Por ti eu fazia

Fui entrando num funil

Que aniquila

Oprime...

E o desamor

É o menor do amor

Que subsiste

Está na sola dos meus pés

Feito chicletes

Cansados dos saltos

Do toc toc das velhas tábuas

E velhos sapatos

Rangendo enfadonhas

Através dos biombos

Os amores encarquilhados

Velhos e cansados esses seus versos

....é estranho te ver assim

falseias no seu e

No amor dos outros

diferente é olhar...

porque o mar só consegue

mostrar o luar

o sol pungente

as estrelas

que caem e ficam

as que a gente pede cadentes...

é só mergulhar no mar

nas madrugadas enluaradas

ou nos dias brilhantes

em tudo que brilha

em tudo que dorme

no fim

no final

só quero amanhecer

arrastando as chinelas amaciadas

como a se dizer da preguiça

de saltar faceira sobre a rede

que balanceia na esteira

que te espera

Meyre Carvalho MEY MEY
Enviado por Meyre Carvalho MEY MEY em 20/05/2007
Código do texto: T494634