A Poesia e o Tempo
Eu faço poesia sim,
Escrevo poesias no tempo
A espera d último
Grão da ampulheta.
Eu faço poesias sim,
Rabisco poesias no teu corpo
Enquanto tu sussurras no meu ouvido.
E deixas nas minhas costas
O teu próprio poema ,
Escrito com delírios e sangue,
Num orgasmo alucinante.
Eu faço poesias sim,
E me deito em versos mornos
Na languidez do teu corpo,
Onde sou dono do tempo.
E os versos escritos nele adormecem,
Enquanto não cai o último
Grão da ampulheta.
Fernando Alencar
01/02/2014 22h08min