Tu (poema vivo de mim)

Cheiras a cravos de Abril

misturados com as rosas dos canteiros da rua,

na tua pele os aromas da Índia,

na tua boca o sabor da àgua pura.

É tua a luz que o sol teima em brilhar,

é teu o vento que passa,

é tua a melodia que me alcança

e me balança, sempre a girar

na roda viva do mundo.

Cheiras a flores de vida,

a amores curvados pela força da distância,

sabes a tempos esquecidos,

perdidos na ausência.

É teu o oceano que quebra o horizonte

e o sal das lágrimas que choras

são as ondas do mar onde mergulho

cada vez que me olhas.

És tu um simples poema,

versos nos cabelos, nas mãos sentimentos,

no peito cravados a sangue os momentos,

traços de um dilema.

És tu poema vivo em mim,

sentido, sofrido por mim,

chorado, quem sabe até mais lembrado

que a lembrança que trago de ti...

Já não sei viver sem ti!

Margarete
Enviado por Margarete em 07/06/2007
Código do texto: T518075