A véspera do amor 
 
A véspera do amor é consorte.
A véspera da partida desilusões 
ou senões paridos no afã de ser feliz. 
Mas, quem me diz se motriz no amor serei?
Errar no amor, oh quem não erra?
Orar nessa dor, quem dera!
Os sufocos da separação trucidam o peito
e por não ter jeito
temos que nos segurar pensando ser isso vão. 
Porque a véspera do amor é sedução
mas a véspera da partida, sei não.
Talvez um beijo na face 
qual disfarce de pierrô.
Talvez o lado vazio da cama,
o silêncio a dois
ou o prazer ao saber ser mais feliz
quem mais amou...
 
Carlos Sena