Água Viva

As gotas de orvalho que molham seu rosto

Não são de tristeza

Apenas simulam desgosto

O corpo é feito de águas

A custo contidas

Amar é soltar as comportas

Amar é matar

A sede de águas salgadas

Deixar que entrelacem as vagas

Criar corredeiras

Beber dos seus rios de várias maneiras

Amar é versar no seu leito

Dos mares que trago no peito.

Ouro Preto, 18 de junho de 2015.

Luiz Walter Furtado
Enviado por Luiz Walter Furtado em 18/06/2015
Reeditado em 20/06/2015
Código do texto: T5281026
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