Telefonema
Que telefonema majestoso
Telefonema especial
Ao ouvir a voz da bela moça
Perdi meu sentido vocal!
A voz da moça era mesmo formidável
Os pássaros do campo se encantam
Com a voz doce e imensurável
Da moça da voz que meu coração balança...
Oh que voz de veludo!
Que faz a minha angustia o medo de ser surdo!!!
Mas ao ouvir a voz do outro lado
Fico mudo!
Aquela voz parecia o som
De uma canção
Sem mesmo cantar...
Seria ilusão do coração?
Quando o telefone toca
Meu coração dispara...
Será ela?!
E se for
O som da sua voz
Tão terna e doce
Me translada...
Me embala.
Que telefonema doce
Que sua voz trouxe!
Que telefonema! – Exclamam os próprios fonemas!
Pois até os morfemas perdem o sentido lexical
Nada... nada é igual...
Nada se compara a esta voz tão especial!
Moça da bela voz
Se não ouvira
Seria atroz...
Seria atroz deixar de ouvir tua voz!
Que telefonema majestoso
Telefonema especial
Ao ouvir a voz da bela moça
Perdi meu sentido vocal!
NOTA
O primeiro e ultimo verso deste poema ouvi de uma moça chamada Cíntia, que estudava comigo no CEAL, na cidade de Águas Lindas de Goiás. Trocávamos versos, e os declamava um ao outro, e a moça após ouvir meus versos poéticos, declamou um poema que recebeu de um autor do qual o nome é desconhecido, mas cujos os versos eram incríveis, e pensei ser um pecado não transcrever pelo menos um verso deste belo poema. Este texto não é uma replica daquele versejar poético, mas apresenta a primeira estrofe no ultimo e primeiro parágrafo daquele poema que ficou impregnado em minha mente, fiz minha adaptação, mas cabe aqui homenagear o meu inspirador secreto e anonimo(já naquele dia Cíntia não revelou o nome do poeta) que é autor do primeiro e último verso de meu texto.