Meeira

Visto a carapuça
De gritos sufocados
Agonias em ebulição
Jocosa, libidinosa...
Recuo no tempo
Sou ré confessa...
Eu peco, sassarico
Notívaga perversa
Uso meus encantos
Sugando amores...
Nada sou, tudo quero
Nada tenho, tudo espero
Dona da minha verdade
Passo por tua vontade
Só quero uma coisa
Levar vantagem
De teu corpo tomar posse
Ser meeira de tua carne
Fazer de ti minha metade
Senão...meu inteiro!

Balneário Camboriú/SC, 24/02/2007
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