Jazer de um poeta...

Sempre que me olhar,

Ignora-me até o fim...

Não quero me magoar

Nem acender o estopim.

Tenho medo de sonhar:

Clareio-me no escurecer...

Já não quero nem pensar

No quanto posso sofrer.

Sou um bicho-do-mato:

Temo a flecha do caçador,

Pois, sua ponta tem veneno,

Veneno de muito amor.

Estou fechado aqui,

Sozinho no meu mundo...

Morrem flores no meu peito:

No meu coração fecundo.

Era fértil o meu saber

E impróprio o meu fervor...

Minha vida, sem motivo,

Perdeu, também, o seu sabor.

Jonny Mack 28.06.2001

Jonny Mack
Enviado por Jonny Mack em 17/01/2017
Código do texto: T5884791
Classificação de conteúdo: seguro