Teu Nome...

Vieste de tão longe para encantar as meninas dos meus olhos,
agora lanço sobre ti a mais eterna afeição de amor!
E tudo tornou-se ainda mais lúcido quando meus ouvidos
sentiram o murmúrio e o doce calor...

Teu Nome...
Tão suave como as notas musicais de uma ária,
Inconfundível como o cântico de um uirapuru,
Não havia primavera nem o sol tostava as chapadas da natureza
quando ouvi a pronúncia desta palavra;

Teu nome!
Era noite, noite silenciosa, e o inverno já rompia as lembranças do outono,
A revoada dos pássaros se aquietara na silhueta prateada das árvores,
No céu pintavam milhões de pontinhos prateados,
Eram as reluzentes estrelas com olhares curiosos,
que talvez morriam de ciúme,
Mas, e...

Teu nome!?
Teu nome não apareceu em minha mente qual um fantasma,
Tão pouco soou aos meus ouvidos como uma canção sem refrão,
Não caiu de uma Alfa e seu lume o desenhou na escuridão tenebrosa,
Ou nas rochas de uma montanha encantada,

Teu nome!?
Ouvi-o simplesmente de um par de lábios ardentes e meigos,
parecidos com sons musicais repercutidas em versos,
Teu nome ungiu minha mente e deu vida à minha vã inspiração,
Tirou-me do tédio e devaneio,
Dele fiz travesseiro nas longas noites de insônia,
Andei por caminhos estranhos e não me perdi...

Teu nome!
Salvou-me das trevas, vícios e até da horrível morte que rondava meus inseguros passos,
Teu nome, translúcido como a fonte de águas cristalinas,
Envolvente qual a brisa que rompe todas as auroras até o limiar da eternidade,

Teu nome!?
Foi como a chegada das borboletas que acompanham o início da primavera e dei-xam no ar a flagrância de vida e amor,
E foi tão forte o eco do teu nome que ficará para sempre gravado nas dobras da minha memória,

Teu nome foi assim;
Letras semelhantes a um paraíso de alegrias,
E onde quer que eu esteja sempre lembrarei-me do...
Teu Nome...
Milton Cavalieri
Enviado por Milton Cavalieri em 12/10/2005
Reeditado em 01/10/2006
Código do texto: T58929