Eu!

Pela vereda do amor
passei sob o arco-íris!
Minh’alma pequenina
adquiriu candura feminina.

Gravado em minha memória,
de um pouco ainda me lembro!
Pois, foi um dia escolhido só para mim.
Olhos admirados aplaudiram minha existência!

Um sonho que floresceu sem violência,
Os minutos passaram, as horas voaram...
A estrela da sorte beijou-me nos olhos,
Mostrou-me a lua, o sol, a vida!

Os dias seguiram diante de mim
E assim transcende todos os limiares.
Absolvi o carisma, a humildade, enfim...
Os raios do sol me envolveram com amor,

Convidaram-me a passear perto da eternidade.
Aspirei a brisa da aurora, ternura e calor.
Protegida do ódio desconheço a maldade.
Das águas translúcidas ganhei proteção.

Os meses passaram...
Mas sem perceber, tudo foi mudando!
Ora, Eu era gente cheia de amor!
De estação em estação, cheguei à primavera,

Nas asas da liberdade misturei-me entre flores,
Deixei que o vento acariciasse o meu corpo,
Cantei para o céu a canção da inocência,
Cantei para a dor e a tristeza, e elas partiram,

Os anos passaram, e Eu também!
Cresci forte, bonita e com Deus no coração!
De bem com a vida, e livre da solidão,

Mas, hoje!?
Ah!!! Hoje, bem... hoje eu sou moça!
Acima de tudo, mulher!
Mulher que ri, chora, ama...

Porém, o meu coração ainda é de menina!
Ele está transbordando dentro de mim,
Uma felicidade sem fim!
E sabem qual a razão?

É que hoje “Eu” sou mais querida,
Sou juventude e calor,
Sou o encanto para toda vida,
Porque “Eu” vivo com o amor!

"Poema editado no concurso "Amor Sem Fronteiras"
"Litteris Editora" e também na Antologia Internacional 
"Roda Mundo 2006" - Editora Ottoni
Milton Cavalieri
Enviado por Milton Cavalieri em 12/10/2005
Reeditado em 15/10/2009
Código do texto: T58937