A Poesia Que Te deixo
A poesia é o melhor que tenho
Que me faz realizar meus planos
Ela é o elo entre a palavra e o desenho
Quem sabe agrade a gregos e troianos
A poesia é o apelo da alma aflita
Que canta alucinante
Quando encontra a frase mais bonita
Se veste com traje elegante
A poesia é meu delírio
Por vezes, alva como a neve
Se tem um pouco de martírio
Depende de qual “eu” escreve
A poesia é o encontro comigo
Mas te coloco no meio da inspiração
Tenho um contrato contigo
Assinado no meu coração
A poesia me encontra nesta hora
Para andar de mãos dadas pela estrada
A poesia não me manda embora
Ao contrário, sem mim ela não é nada
A poesia que te deixo
É o meu amor imenso
Que não cabe mais no peito
E que tira o meu bom senso
A poesia que não recito
Com os olhos declamo
De amor ressuscito
Lembrando que te amo
A poesia que escrevo
É um sussurro incompleto
É um cálice que bebo
Acre-doce, ópio discreto
A poesia me descreve
Ela me serve
Ela que me escreve
Amor fica, a palavra é breve
A poesia me excita
A sabedoria incita
Que dizer da vida
Que só tem ida?
A poesia é terapia
É consagração
É telepatia
É oxigenação
Poesia, veneno suave
É aldaz
Ela é a chave
Para algo mais
A poesia é sem decoro
De vez em quando, decoro
É meu desejo, é choro
Recito o amor que imploro